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quinta-feira, 14 de março de 2013

O MUNDO DIGITAL, HIPER-CONECTADO DA INTERNET




"O MUNDO DIGITAL, HIPER-CONECTADO DA INTERNET"

Qualquer dúvida que tenhamos hoje em dia, é difícil que alguém não diga: “Põe no GOOGLE, e veja lá a resposta”. E é, mesmo, impressionante o cabedal de informações disponíveis ao cidadão comum com o advento da Internet, e sem restrições de tempo, ou seja, imediatamente, dada a disponibilidade de “telefones espertos” e tabletes, verdadeiros computadores pessoais portáteis, conectados à Internet via WiFi’s (redes sem-fio usando ondas de radio).
Porém, se o impacto pessoal desse avanço da Tecnologia da Informação é enorme, o impacto societal na área de negócios é quase que infinito. Avançamos para um Mundo Digital, Hiper-conectado, usando a Internet. Nesse mundo digital hiper-conectado, com velocidades associadas aos processos “online” cada vez mais mirabolantes, as mudanças tecnológicas aceleram exponencialmente, e novas plataformas digitais e novos aparelhos que as usam continuam emergindo. Não era muito tempo atrás quando em cartões de visita e brochuras de propaganda firmas enriqueciam seus nomes apenas com um telefone de contacto, e endereço físico para correspondência por correio. Depois começaram a aparecer os endereços de sites na Internet adicionados, e hoje muitas companhias colocam APENAS E TÃO SOMENTE o endereço de um site na Internet. Essas firmas sabem que para continuar competitivas em suas áreas de negócios, elas precisam usar os canais digitais para interagir com seus parceiros na provisão de seus serviços e produtos, sejam eles clientes, fornecedores, empregados, financiadores, ou até competidores!
Há companhias que militam na provisão dessas próprias plataformas digitais a outras companhias usuárias, e por isso estão em excelente posições estratégicas para coletar parâmetros que permitem uma avaliação de como todo esse avanço tecnológico, e essa dependência dos negócios do mundo digital estão impactando a sociedade. Essas companhias provedoras das plataformas digitais coletam quantidades enormes de informação, e emitem relatórios anuais, ou até às vezes trimestrais sobre “O Status da Internet”, e há alguns que julgo interessante comentar e compartilhar com vocês, leitores e leitoras:
Por exemplo, os relatórios mais recentes continuam mostrando que, ao contrário do que se imaginaria tradicionalmente, não é na Europa Ocidental, ou nos Estados Unidos, que ocorrem as velocidades de conexão mais altas, tanto máximas como medias, mas sim na Ásia, nos locais onde a economia de mercado tem crescido assustadoramente. No quarto trimestre de 2012, a maxima velocidade de conexão foi observada em Hong Kong (54.1 Mbps – Mega bits por segundo – vejam a definição no GOOGLE), enquando a Coréia do Sul vem apresentando consistentemente a maior velocidade média de conexão, em torno de 14.7 Mbps. Na verdade os tres países que encabeçam a lista de maiores velocidades medias de conexão se situam na Ásia: Japão, Coréia do Sul, e Hong Kong (este último é o que é chamado de Região Administrativa Especial da República Popular da China, mas dada sua liberdade política e financeira, é aqui considerada um país). A incrível explosão da economia de mercado nesses locais, e a conhecida e agressiva produção local de Tecnologia de Informação tendem a explicar esse fenômeno.
Qual o impacto social dessas observações, desses parâmetros? Um estudo recente mostra que para cada MIL novas conexões de banda larga (novamente, vão lá no GOOGLE!!) estabelecidas (ordem de magnitude diária…), 80 novas posições de trabalho são criadas. Outra observação é que dobrando em um país a velocidade das conexões de banda larga causa-se um aumento no PIB (Produto Interno Bruto) de 0.3%! Mais importante, é que esse estudo confirma cientificamente que a velocidade das conexões de banda larga é um fator PRIMORDIAL ao desenvolvimento econômico das sociedades observadas. Nós estamos evoluindo da chamada Sociedade Informatizada das últimas décadas do século passado para uma Sociedade Hiper-conectada, onde essas conexões digitais extremamente velozes motivam a criação de novas formas de conduzir negócios e transações, capacitando as companhias melhores adaptadas a esse novo mundo digital a se tornarem mais produtivas, mais eficientes, com processos burocráticos mais simplificados através da velocidade e penetração das suas conexões digitais.
Mas nem tudo em mudanças dessa magnitude são fatores positivos; tendências recentes na área de segurança comercial e industrial nessa Sociedade Hiper-conectada são motivo de preocupação A consistência nas políticas de prevenção de fraude digital na provisão de uma experiência única e rica aos parceiros clientes, por exemplo, é extremamente importante para um relacionamento confiante nos processos e transações efetuadas pela Internet. Isso tanto é verdade que essa preocupação moveu-se de tradicionalmente uma responsabilidade dos grupos técnicos de Tecnologia de Informação, para os grupos de execução das transações de negócios, apoiados por aqueles grupos técnicos. Os “ataques cibernéticos” à segurança das redes digitais de comunicação vem aumentando em volume e intensidade, e os relatórios acima mencionados reportam que eles se originam em muitos países e regiões do mundo.
Aliás esses relatórios também produzem uma classificação dos países observados de vários parâmetros e métricas importantes nessa evolução digital para a Sociedade Hiper-conectada. As definições e elaborações são um pouco complicadas e detalhadas demais para um texto como este, mas talvez eu venha, no futuro, a escrever uma coluna para vocês, leitores e leitoras, baseada nessas definições e elaborações, mas cabe aqui uma menção que, infelizmente, não é muito lisonjeira ao nosso Brasil. Na grande maioria das tabelas, em analises de em torno de 150 países, o Brasil ocupa posições  que giram em torno da de número 50 ao número 75, ou seja, do terço para o meio, às vezes atrás de países africanos de muito menor expressão mundial, e também sociedades do leste europeu, e da antiga União Soviética. Porém, chama a atenção o fato de que há UMA tabela em que o Brasil aparece na QUINTA posição entre os 150 países observados, e essa é a tabela que lista o número de ataques cibernéticos a redes de comunicação e o país onde eles se originaram…na terra de tempos recentes que foram marcados por escândalos e corrupção desenfreada, agravados por conivência, e impunidade, parece que a conectividade digital se transforma também em mais uma oportunidade para os “amigos do alheio” cibernéticos.
Mas, olhando para o futuro essa avenida evolutiva é inevitável para países que pretendem ser bem sucedidos no mundo digital, e sociedades hiper-conectadas. Para se ter uma idéia, o nosso planeta azul tem hoje perto de 7 Bilhões de habitantes… estima-se que em 2015, haverá 25 Bilhões de aparelhos conectados à Internet, e esse número DOBRARÁ (50 Bilhões!!) até 2020. É certo que a evolução das sociedades para esse mundo digital hiper-conectado trará consigo novos desafios tecnológicos, inclusive na área de segurança como acima mencionado, mas certamente as oportunidades serão imensas, com as companhias se esforçando para prover cada vez mais conteúdo e ferramentas “online” aos seus parceiros clientes, fornecedores, empregados, e até competidores, independente do aparelho através do qual eles estão conectados à Internet, ou aonde eles estejam localizados fisicamente. Boa semana a todos!
O autor é engenheiro, doutor em ciência da computaçao, professor universitário, e pode ser contactado através do e-mail claudio.spiguel@gmail.com).
(PENSAMENTOS No 10/2013 – Jornal da Região – ANO XIX, No 1016 15/03/2013).

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