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Barack Obama, 44o Presidente dos Estados Unidos |
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Barack e Michelle Obama, com as filhas Sasha e Malia |
“PARABÉNS, PRESIDENTE BARACK OBAMA”
Já
escrevi várias vezes nesta coluna no passado elogiando o Presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama. Se não me falha a memória, chamei-o de “Um Presidente com
P Maiúsculo”, em um texto em duas partes (PENSAMENTOS No 29/2012
– Jornal da Região – ANO XIX, No 985 - 03/08/2012 e PENSAMENTOS
No 30/2012 – Jornal da Região – ANO XIX, No 986 -
10/08/2012), e nesses artigos eu enfatizei a sua preocupação em motivar,
educar, e guiar as gerações mais jovens de um país na sua mais tenra idade,
demonstrada através de um livro em formato infantil publicado pelo Presidente,
dedicado às suas duas filhas, Sasha (11 anos) e Malia (14 anos). Se vocês,
leitores não se lembram desses textos, ou não os leram, visitem o meu blog – www.pensamentoscs.blogspot.com
– e lá acharão os dois últimos anos destes meus PENSAMENTOS neste semanário
catalogados e disponíveis. Mas o Presidente Obama nesta semana foi RE-eleito
Presidente dos Estados Unidos para uma segunda gestão de quatro anos que se
inicia em Janeiro de 2013. O povo Americano RE-conduziu à Casa Branca o seu
quadragésimo quarto Presidente, e o primeiro em sua história da mais antiga
democracia ainda continuamente em vigência de origem Afro-Americana. Em outras
palavras, o primeiro Presidente negro dos Estados Unidos. Há quatro anos atrás,
quando eleito pela primeira vez, Barack Obama entrou assim para a história do
seu país. Quem conhece um pouco da história do racismo contra os negros no
passado dos Estados Unidos, e em alguns cantos do país ainda reminiscente,
entende bem o significado de um negro eleito lá Presidente da República. Obama
herdou um déficit interno gigantesco, trazido basicamente por um país em guerra
em duas frentes, enfrentou uma crise econômica interna de dimensões
catastróficas criada, entre outras coisas, pela indústria financeira de
empréstimos imobiliários, e pela quasi-falência da significativa indústria
automobilística Americana, tendo como consequência índices de desemprego que se aproximaram dos presentes em momentos
difíceis da história econômica do país, como por exemplo a grande depressão de
1929. Ainda assim, navegando destramente nessas águas perigosíssimas, Obama
conseguiu colocar o país de volta no trilho do crescimento, ganhando a
confiança de seus chefes militares pela inabalável, resoluta, e incansável caça
ao terrorista Osama Bin Laden, idealizador assumido do ataque terrorista às
torres gêmeas de New York em 11 de Setembro de 2001, e também por um plano ora
em execução de retirada periódica das tropas Americanas do Afeganistão. Além
disso reergueu a indústria automobilística com um programa de subsídios
governamentais tido como nada menos do que espetacularmente eficiente por
profissionais e professores mundialmente reconhecidos pela sua proficiência no
tema. E também propôs e conseguiu aprovar em um Senado opositor (controlado
pela oposição) um plano de reformas no Sistema de Saúde Americano, tentando
bàsicamente, e em descrição simplista, resolver a existência de 30 milhões de
Americanos (+/- 10% da população) que não possuiam cobertura de Seguro Saúde.
Neste ítem Obama foi o primeiro e único Presidente a cumprir essa promessa de
campanha feita por TODOS os Presidentes que conheci desde que acompanho a política
federal Americana nos últimos 35 anos. Com isso, êle certamente conseguiu
convencer o seu eleitorado de que ele merecia mais quatro anos ocupando o
Escritório Oval da Casa Branca, o cargo político mais poderoso do mundo
moderno. Tanto assim, que há outro componente histórico na reeleição de Obama:
tem sido mencionado em vários blogs na mídia internauta que Obama é o primeiro
Presidente da era posterior à Segunda Guerra Mundial a ser reeleito quando o
índice reinante de desemprego nos Estados Unidos é maior do que 7% (último
relatório oficial antes da eleição mostrou 7.2%, baixando de 7.9% - não chequei
a veracidade dessa afirmativa, mas creio ser de fontes fidedignas). Há quatro
anos, Obama, o candidato do Partido Democrata à Presidência, derrotou o Senador
John McCain, candidato do Partido Republicano, por uma margem que mereceu o
título de “landslide”, ou seja, enterrou o oponente como um deslizamento de
terra. Agora, na reeleição, o Partido Republicano apresentou um candidato mais
forte, um ex-Governador do estado de Massachusetts e com base religiosa na
Igreja Mormon, chamado Mitt Romney, com grande apêlo para o voto branco que se
sente negativamente discriminado pela ascensão das minorias. A margem de
diferença na reeleição, de fato, diminuiu, mas ainda assim a vitória foi clara
e indiscutível. Apoiado por sua esposa Michelle, como ele advogada, que atingiu
um nível de popularidade de fazer inveja às Primeiras Damas que a antecederam
por encabeçar programas para reduzir o índice de obesidade na juventude, para
reduzir a porcentagem de jovens afro-americanos que crescem sem uma figura
autoritária paterna, para eliminar ou pelo menos reduzir a discriminação
profissional contra mulheres buscando remuneração igual para homens e mulheres
que ocupam cargos com nível comparável de responsabilidades, Obama conseguiu,
como seria de se esperar, suas maiores margens de vitória entre as mulheres
eleitoras e entre os jovens em idade universitária e recém-formados, eleitores
que o vêm como o moderado capitalista que ele é, associado a uma preocupação
genuína de apoio social aos segmentos menos favorecidos da sociedade. E esse,
como me lembro de já ter escrito nesta coluna em outras oportunidades, é, na
minha opinião, o fator singular mais importante por trás da longevidade da
democracia Americana, pois é a única fórmula que realmente funciona. O
contrário, ou seja, um regime socialista associado a uma preocupação
capitalista não funciona, como comprova històricamente a implosão da antiga
União Soviética, a Cuba de Castro, e a Venezuela de Chavez. Um outro fator de
igual, se não maior, magnitude nas prioridades do Presidente Obama é, e aí
fechamos o ciclo com o comêço deste texto, a preocupação com as gerações jovens
e a educação, demonstradas por um programa de investimentos que reergueu os
níveis de performance que vinham declinando nas administrações Republicanas do
seu antecessor, George W. Bush, reconhecendo que a hegemonia Americana na
segunda metade do século passado e agora no comêço deste século XXI se deve principalmente
ao domínio pelo conhecimento. Eles próprios, Barack e Michelle Obama, são
Doutores em Advocacia pela Universidade de Harvard, uma das melhores do mundo
(J.D. – “Juris Doctor”, não como a maioria dos advogados Brasileiros, que se
auto-denominam Doutores sem ter feito um Doutorado). Em suma, o timão dos
Estados Unidos continua entregue a gente competente, estudada, meritória, honesta
e SÉRIA, de princípios éticos e morais inabaláveis que comandam um respeito
indiscutível da população que os elegeram. Portanto PARABÉNS, PRESIDENTE BARACK
OBAMA, e obrigado pelo exemplo de liderança que você proporciona para nós,
nossos filhos, e nossos netos. Boa semana a todos!
O autor é engenheiro, doutor em ciência da computaçao, professor
universitário, e pode ser contactado através do e-mail claudio.spiguel@gmail.com).
(PENSAMENTOS No 43/2012 – Jornal da Região
– ANO XIX, No 999 - 09/11/2012).
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