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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PARABÉNS, PRESIDENTE BARACK OBAMA


Barack Obama, 44o Presidente dos Estados Unidos


Barack e Michelle Obama, com as filhas Sasha e Malia

“PARABÉNS, PRESIDENTE BARACK OBAMA”

 

Já escrevi várias vezes nesta coluna no passado elogiando o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Se não me falha a memória, chamei-o de “Um Presidente com P Maiúsculo”, em um texto em duas partes (PENSAMENTOS No 29/2012 – Jornal da Região – ANO XIX, No 985 - 03/08/2012 e PENSAMENTOS No 30/2012 – Jornal da Região – ANO XIX, No 986 - 10/08/2012), e nesses artigos eu enfatizei a sua preocupação em motivar, educar, e guiar as gerações mais jovens de um país na sua mais tenra idade, demonstrada através de um livro em formato infantil publicado pelo Presidente, dedicado às suas duas filhas, Sasha (11 anos) e Malia (14 anos). Se vocês, leitores não se lembram desses textos, ou não os leram, visitem o meu blog – www.pensamentoscs.blogspot.com – e lá acharão os dois últimos anos destes meus PENSAMENTOS neste semanário catalogados e disponíveis. Mas o Presidente Obama nesta semana foi RE-eleito Presidente dos Estados Unidos para uma segunda gestão de quatro anos que se inicia em Janeiro de 2013. O povo Americano RE-conduziu à Casa Branca o seu quadragésimo quarto Presidente, e o primeiro em sua história da mais antiga democracia ainda continuamente em vigência de origem Afro-Americana. Em outras palavras, o primeiro Presidente negro dos Estados Unidos. Há quatro anos atrás, quando eleito pela primeira vez, Barack Obama entrou assim para a história do seu país. Quem conhece um pouco da história do racismo contra os negros no passado dos Estados Unidos, e em alguns cantos do país ainda reminiscente, entende bem o significado de um negro eleito lá Presidente da República. Obama herdou um déficit interno gigantesco, trazido basicamente por um país em guerra em duas frentes, enfrentou uma crise econômica interna de dimensões catastróficas criada, entre outras coisas, pela indústria financeira de empréstimos imobiliários, e pela quasi-falência da significativa indústria automobilística Americana, tendo como consequência índices de desemprego  que se aproximaram dos presentes em momentos difíceis da história econômica do país, como por exemplo a grande depressão de 1929. Ainda assim, navegando destramente nessas águas perigosíssimas, Obama conseguiu colocar o país de volta no trilho do crescimento, ganhando a confiança de seus chefes militares pela inabalável, resoluta, e incansável caça ao terrorista Osama Bin Laden, idealizador assumido do ataque terrorista às torres gêmeas de New York em 11 de Setembro de 2001, e também por um plano ora em execução de retirada periódica das tropas Americanas do Afeganistão. Além disso reergueu a indústria automobilística com um programa de subsídios governamentais tido como nada menos do que espetacularmente eficiente por profissionais e professores mundialmente reconhecidos pela sua proficiência no tema. E também propôs e conseguiu aprovar em um Senado opositor (controlado pela oposição) um plano de reformas no Sistema de Saúde Americano, tentando bàsicamente, e em descrição simplista, resolver a existência de 30 milhões de Americanos (+/- 10% da população) que não possuiam cobertura de Seguro Saúde. Neste ítem Obama foi o primeiro e único Presidente a cumprir essa promessa de campanha feita por TODOS os Presidentes que conheci desde que acompanho a política federal Americana nos últimos 35 anos. Com isso, êle certamente conseguiu convencer o seu eleitorado de que ele merecia mais quatro anos ocupando o Escritório Oval da Casa Branca, o cargo político mais poderoso do mundo moderno. Tanto assim, que há outro componente histórico na reeleição de Obama: tem sido mencionado em vários blogs na mídia internauta que Obama é o primeiro Presidente da era posterior à Segunda Guerra Mundial a ser reeleito quando o índice reinante de desemprego nos Estados Unidos é maior do que 7% (último relatório oficial antes da eleição mostrou 7.2%, baixando de 7.9% - não chequei a veracidade dessa afirmativa, mas creio ser de fontes fidedignas). Há quatro anos, Obama, o candidato do Partido Democrata à Presidência, derrotou o Senador John McCain, candidato do Partido Republicano, por uma margem que mereceu o título de “landslide”, ou seja, enterrou o oponente como um deslizamento de terra. Agora, na reeleição, o Partido Republicano apresentou um candidato mais forte, um ex-Governador do estado de Massachusetts e com base religiosa na Igreja Mormon, chamado Mitt Romney, com grande apêlo para o voto branco que se sente negativamente discriminado pela ascensão das minorias. A margem de diferença na reeleição, de fato, diminuiu, mas ainda assim a vitória foi clara e indiscutível. Apoiado por sua esposa Michelle, como ele advogada, que atingiu um nível de popularidade de fazer inveja às Primeiras Damas que a antecederam por encabeçar programas para reduzir o índice de obesidade na juventude, para reduzir a porcentagem de jovens afro-americanos que crescem sem uma figura autoritária paterna, para eliminar ou pelo menos reduzir a discriminação profissional contra mulheres buscando remuneração igual para homens e mulheres que ocupam cargos com nível comparável de responsabilidades, Obama conseguiu, como seria de se esperar, suas maiores margens de vitória entre as mulheres eleitoras e entre os jovens em idade universitária e recém-formados, eleitores que o vêm como o moderado capitalista que ele é, associado a uma preocupação genuína de apoio social aos segmentos menos favorecidos da sociedade. E esse, como me lembro de já ter escrito nesta coluna em outras oportunidades, é, na minha opinião, o fator singular mais importante por trás da longevidade da democracia Americana, pois é a única fórmula que realmente funciona. O contrário, ou seja, um regime socialista associado a uma preocupação capitalista não funciona, como comprova històricamente a implosão da antiga União Soviética, a Cuba de Castro, e a Venezuela de Chavez. Um outro fator de igual, se não maior, magnitude nas prioridades do Presidente Obama é, e aí fechamos o ciclo com o comêço deste texto, a preocupação com as gerações jovens e a educação, demonstradas por um programa de investimentos que reergueu os níveis de performance que vinham declinando nas administrações Republicanas do seu antecessor, George W. Bush, reconhecendo que a hegemonia Americana na segunda metade do século passado e agora no comêço deste século XXI se deve principalmente ao domínio pelo conhecimento. Eles próprios, Barack e Michelle Obama, são Doutores em Advocacia pela Universidade de Harvard, uma das melhores do mundo (J.D. – “Juris Doctor”, não como a maioria dos advogados Brasileiros, que se auto-denominam Doutores sem ter feito um Doutorado). Em suma, o timão dos Estados Unidos continua entregue a gente competente, estudada, meritória, honesta e SÉRIA, de princípios éticos e morais inabaláveis que comandam um respeito indiscutível da população que os elegeram. Portanto PARABÉNS, PRESIDENTE BARACK OBAMA, e obrigado pelo exemplo de liderança que você proporciona para nós, nossos filhos, e nossos netos. Boa semana a todos!

O autor é engenheiro, doutor em ciência da computaçao, professor universitário, e pode ser contactado através do e-mail claudio.spiguel@gmail.com).
(PENSAMENTOS No 43/2012 – Jornal da Região – ANO XIX, No 999 - 09/11/2012).

 

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