"NOSSO
DESTEMIDO EX-PRESIDENTE SUBIU NO TELHADO..."
Há uma piada conhecida, de humor meio negro, que diz que um fulano, ao retornar de uma
viagem, foi à casa de um amigo buscar seu gato de estimação que havia ficado
sob os cuidados do amigo. Lá chegando, o amigo lhe disse de sopetão: “Ah, meu
caro... seu gato morreu!” Após muito choro e ranger de dentes, e alguns copos
d’água com açúcar, o fulano disse ao amigo: “Isso é jeito de dar uma notícia
dessas?? Você poderia ter sido mais brando, me preparando um pouco para o
desfecho tão doloroso, assim: “Ah, meu caro... seu gato subiu no telhado... e
havia chovido e o telhado estava escorregadio... e o seu gato escorregou... e
caiu de uma altura grande... e acabou morrendo”. Alguns meses depois, retornando de outra
viagem, o mesmo fulano deu de cara com o mesmo amigo já no aeroporto, e o amigo
foi logo lhe dizendo: “Ah, meu caro... sua mãe subiu no telhado...”
Com esse
pano de fundo para o título desta coluna, e revendo material acumulado pelo
hiato de fim-de-ano, deparei-me com o seguinte texto publicado pelo jornalista Jorge Serrão (serrao@alertatotal.net) no blog Alerta Total (www.alertatotal.net) em meados de Dezembro, que passo a
transcrever no intúito de, através de informá-los, leitores e leitoras,
continuar na minha já longa cruzada de trazer um pouco de moralidade de volta
ao ambiente político do nosso Brasil. O texto vem circulando na Internet sob seu
titulo no Alerta Total: "Empresas cancelam palestras com Lula que
agora teme revelações e dossiês de Valério, Cachoeira e Vieira :
Exclusivo – Além da pressão psicológica que pode fazer mal a um tratamento
pós-câncer, o palestrante transnacional Luiz Inácio Lula da Silva já começa a
sentir os prejuízos das recentes denúncias de corrupção em torno de seu santo
nome. Seis grandes empresas cancelaram palestras que fariam com o líder máximo
do Instituto Lula. Três eventos foram adiados no Brasil. Dois cancelados em
Portugal e outro não mais acontecerá em Moçambique.
O Rosegate exala cada vez mais cheiro de
esgoto para o lado do mito Lula da Silva. A petralhada mensaleira se borra de
vez com a certeira ameaça de que Marcos Valério, Carlinhos Cachoeira e Paulo
Vieira vão apontar quem era o verdadeiro chefe que comandava os inúmeros
esquemas de corrupção. A temporada de delação premiada tende a evoluir para uma
deletação dos principais integrantes do Governo do Crime Organizado. O cagaço é
geral na grande fossa em torno do Palácio do Planalto.
O medo de sempre é o
crime politicamente insepulto de Celso Daniel – prefeito petista de Santo André
sequestrado, torturado e assassinado em janeiro de 2002. Agora, o promotor de
Justiça paulista Roberto Wider Filho intimará Marcos Valério Fernandes de Souza
a confirmar a informação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi
extorquido em R$ 6 milhões pelo empreiteiro de lixo Ronan Maria Pinto. O MP
quer saber se o milionário “pedágio” para parar de ameaçar Lula, José Dirceu e
Gilberto Carvalho sobre o hediondo crime contra Daniel foi usado por Ronan na
compra do jornal "Diário do Grande ABC", em 2003.
O novo medinho vem
do baiano Paulo Vieira. O diretor exonerado da Agência Nacional de Águas mandou
avisar que não sairá da Operação Porto Seguro como o chefe da quadrilha. Vieira
ameaça denunciar “gente graúda” – bem acima dele. O fato concreto e explosivo é
que Vieira era parceiro de Rosemary Nóvoa Noronha – apadrinhada de Lula da
Silva na chefia de gabinete da Presidência da República em São Paulo. Vieira
negocia uma delação premiada que pode tornar ainda mais deficitária a conta
moral da petralhada – uma espécie de rato de esgoto que, se não for extinta,
deve ser banida da vida pública diretamente para a privada.
Pavor maior ainda é
se Carlinhos Cachoeira realmente desaguar tudo que sabe. Outro que negocia uma
delação premiada, o goiano Carlos Augusto Ramos representa uma ameaça ainda
mais perigosa para a cúpula petralha. Com seus vídeos, gravações e documentos comprometedores,
armazenados em núvem e com familiares de confiança, Cachoeira tem tudo para
criar problemas para a Presidência da República (na gestão passada e na atual)
e para muitos governadores e prefeitos. Basta que Cachoeira revele o mar de
bosta em torno da empreiteira Delta (líder do PACo e das mais superfaturadas
obras do País).
A revelação dos bastidores de negociatas dos mais variados
escândalos (Celso Daniel, Mensalão, Rosegate e Delta-Cachoeira) pode derrubar
muitos “condomínios” da República Sindicalista do Crime Organizado. A alta
cúpula do Poder Judiciário, incluindo Ministério Público, Polícia Federal e
organismos de inteligência do Brasil e do exterior, nunca na história deste
Pais teve tanto apoio para promover delações premiadas que redundem em
deletações de políticos corruptos. A governança do Crime Organizado, marcada
pela parceria criminosa entre os podres poderes estatais e bandidos de toda
espécie, inviabiliza o desenvolvimento de negócios transnacionais no Brasil. O
atual combate ao crime não ocorre por puritanismo moralista, na romântica luta
do bem contra o mal. Delações deletarão bandidos do poder porque, simplesmente,
a Oligarquia Financeira Transnacional – que sempre investiu em nossos corruptos
para explorar o Brasil – agora não aguenta mais pagar tanta taxa criminosa de
pedágio para um bando de ladrões fora de controle.
O momento é de salve-se quem
puder. Por isso, Presidenta Dilma Rousseff propagandeia na mídia internacional
o seu discurso anti-corrupção. As recentes palavras de Dilma ao jornal francês
Le Monde sinalizam que, se o tempo fechar institucionalmente por aqui, ela
deseja ser poupada e viabilizada como a “faxineira” que apertará o botão da
descarga: “Não tolero corrupção. Se há suspeitas fundadas, a pessoa deve partir”.
Semânticamente, numa análise neurolinguística precipitada, o inconsciente
coletivista de Dilma poderia estar se referindo ao seu antecessor. Afinal, Lula
da Silva exercia uma evidente presidência parelela usando dois elementos de
extrema confiança: Rose no gabinete presidencial paulista e Gilberto Carvalho
na secretaria geral de Dilma. Como Lula ainda não partiu, agora pode sair
partido. O problema da Dilma é ser obrigada a lhe prestar constante fidelidade,
com declarações públicas de apoio e exaltação de uma honestidade que fica cada
vez mais difícil de comprovar na prática.
O perigo de bagunça institucional se
agrava com o conflito entre o desgastado Poder Legislativo e o Poder Judiciário
– cuja cúpula surfa na ilusória onda de “salvadores da Pátria”. Com o Poder
Executivo afundado no mar de esgoto, o Judiciário tenta se credenciar como o
“Poder Moderador” (historicamente exercido pelos militares, depois que
derrubaram o Império e proclamaram a República que nunca serviu aos interesses
brasileiros). Tal plano, financiado ocultamente pelos grandes investidores
transnacionais, vai ter um final feliz para o Brasil e para os brasileiros? Eis
a grande pergunta que fica sem resposta até que a Profecia Maia sobre o Brasil
se concretize, algum dia, quem sabe..."
Pois é, passamos aparentemente ilesos pelo 21
de Dezembro de 2012 da Profecia Maia, e já estamos em 2013. E parece que o
nosso destemido ex-presidente subiu mesmo no telhado… e um telhado coberto de
lama é bastante escorregadio……. Boa Semana a todos!
O autor é engenheiro, doutor em ciência da
computaçao, professor universitário, e pode ser contactado através do e-mail claudio.spiguel@gmail.com).
(PENSAMENTOS No 03/2013 – Jornal da Região – ANO XIX, No 1009 – 18/01/2013).
Nenhum comentário:
Postar um comentário